Educar ou Sobreviver? Professores brasileiros enfrentam o colapso da profissão
- Isaque Pers
- 5 de abr.
- 2 min de leitura
A carreira docente no Brasil está à beira do colapso. A desvalorização da profissão, denunciada por educadores e especialistas, se tornou ainda mais visível em 2025. Salários baixos, superlotação de salas de aula, infraestrutura precária e falta de reconhecimento social formam um cenário desolador para quem escolheu ensinar como missão de vida.
Segundo o artigo "A falência da profissão de professor", publicado pelo Panorâmica News, os sinais de esgotamento da carreira já vinham se intensificando desde 2018, ano em que o Brasil ficou em último lugar no ranking global de status do professor, divulgado pela Varkey Foundation. De lá pra cá, a situação só piorou.
Um dado alarmante reforça essa realidade: 79% dos professores afirmaram já ter pensado em abandonar a profissão, conforme levantamento divulgado pela revista IstoÉ Dinheiro. A principal motivação? A falta de condições mínimas para exercer o magistério com dignidade e eficácia.
Além das dificuldades financeiras, o ambiente escolar se tornou insustentável. Superlotação, calor extremo em salas sem climatização e a pressão por resultados em contextos de vulnerabilidade social tornaram-se parte da rotina. O texto também critica a presença de ONGs como a Todos Pela Educação na formulação de políticas públicas, argumentando que essas entidades muitas vezes ignoram a realidade das escolas públicas brasileiras.
Para reverter esse cenário, especialistas e educadores defendem medidas urgentes: valorização salarial, melhoria das condições de trabalho e um reconhecimento público mais efetivo da importância da docência para o futuro do país.
A pergunta que fica é: quem vai querer ensinar no Brasil de amanhã, se os mestres de hoje estão sendo deixados para trás?
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