top of page

Greve na Educação: Professores de São Paulo se Levantam Contra o Descaso dos Governos e Reajustes Abaixo da Inflação

  • Foto do escritor: Isaque Pers
    Isaque Pers
  • 25 de abr.
  • 2 min de leitura

Em um movimento unificado que escancara a indignação da categoria, os professores da rede estadual e municipal de São Paulo cruzaram os braços para denunciar o contínuo descaso dos governos estadual e municipal com a valorização dos educadores. A greve dos professores estaduais começou nesta sexta-feira (25), enquanto os servidores municipais, incluindo docentes, estão paralisados desde o último dia 16 de abril. Ambos protestam contra políticas de reajuste salarial que não acompanham sequer a inflação, aprofundando o empobrecimento dos profissionais da educação.


No plano estadual, a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) lidera a paralisação, exigindo o reajuste de 6,27% referente ao Piso Nacional, além do cumprimento da decisão do STF que assegura 10,15% de reposição desde 2017 — nunca paga pelo governo paulista. A pauta também inclui melhores condições de trabalho, com climatização das salas diante das ondas de calor, contratação de mais docentes, reabertura de classes fechadas e um processo de atribuição de aulas mais justo e transparente.


Enquanto isso, no município de São Paulo, a gestão Ricardo Nunes (MDB) aprovou na Câmara, em primeira votação, um projeto de lei que prevê apenas 5,2% de reajuste parcelado em dois anos — valor inferior à inflação acumulada no período, que foi de 5,16% segundo o IPC-Fipe. Professores e demais servidores exigem reajuste de 12,9% para repor as perdas salariais e combater a defasagem que, segundo o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), já ultrapassa 44%. A proposta foi aprovada em meio a tumultos, gritos de protesto e expulsões no plenário da Câmara.


Essa realidade é reflexo direto de políticas de governos de direita que insistem em tratar o funcionalismo público — e em especial os professores — como um custo a ser cortado, e não como investimento essencial ao desenvolvimento do país. Em vez de priorizar a educação e quem a executa, optam por reajustes simbólicos e pela retirada contínua de direitos, achatando salários e ignorando as dificuldades enfrentadas pelos profissionais em sala de aula.



A importância dos professores vai além da sala de aula. 


São eles os responsáveis por formar todas as demais profissões, por promover o pensamento crítico, por garantir um futuro com mais justiça social. Desvalorizá-los é desvalorizar o futuro do país. Ao se levantarem em greve, não lutam apenas por salário, mas pela dignidade da profissão e pela qualidade da educação pública que chega às periferias e aos filhos da classe trabalhadora.


O grito de greve ecoa como um alerta: não haverá educação de qualidade sem valorização dos seus protagonistas.


Fontes:


Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page